domingo, 10 de janeiro de 2010

9) O BRINQUEDO E O DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO

O Pré escolar
Muitas das condutas na fase anterior persistem no pré escolar, período compreendido entre, aproximadamente os 3 e os 6 anos. Nesta idade os desejos genitais que aumentam de intensidade aparecem em vários tipos de atividade de tal forma que apenas uma parte deles fica livre para a relação edípica com os pais. Os desejos genitais aparecem canalizados para as brincadeiras de casinha, mamãe-papai etc... satistazendo assim a necessidade de tocar e ser tocado, de ser visto e ver.
Nota-se entre crianças de 3 e 4 anos uma flutuação entre o jogo paralelo e o associado. Neste último as crianças se agrupam, às vezes por poucos instantes havendo evidentes demonstrações de um sentimento compartido. A conduta lingüística segue a mesma pauta da conduta social: de um ocasional grito de: -Meu! Ou: - Não! Desenvolvem uma versão verbal do jogo paralelo conhecido como monólogo coletivo; cada um fala por sua vez esperando o que o outro têm a dizer. Os assuntos entretanto tem pouca ou nenmhuma relação entre si.. Entre os 4 e os 5 anos porém já há um intercâmbio verbal: descrevem situações, trocam informações e combinam e estabelecem regras para seus jogos.
Ainda que o jogo dramático da criança pré-escolar seja predominantemente ligado às cenas da família, ao desenvolver-se este período, de maneira progressiva, surgem personagens e conteúdos mais distantes: vaqueiros, guerra, selva... Os papéis sexuais se ligam necessariamente ao próprio sexo.
No brinquedo de família as crianças dramatizam seus sentimentos e pensamentos acerca de seus familiares. À medida que as crianças percebem a discrepância que existe entre a imagem que criam dos pais e a realidade, vai se desiludindo cada vez mais deles.
Outro elemento importante na idade de 4 à 5 anos são os amigos imaginários. ( pesquisa de Anes e Learned ) 20% das crianças têm companheiros imaginários: amigos, identidades, domínios, animais ou mesmo seres terroríficos. É possível que a incidência chegue à 50%. São vividos com toda a solidez de objetos reais. Ainda que este fenômeno faça parte do desenvolvimento normal ele surge de necessidades internas da criança, por isto é útil observar. É tido isto por D. BURLINGHAM ( 1945 ) como um resultado da contravenção edípica, e como um escape à solidão.
Começam a gostar de revistas em quadrinhos que muitas vezes retratam situações familiares. ( casal Olívia e Popeye ; Família Donald )

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