“A criança mostrava somente o perturbador costume de jogar longe de si, a um canto do quarto, sob a cama, ou em lugares análogos todos os pequenos objetos que podia agarrar de maneira que o achado dos brinquedos não era tarefa fácil. Enquanto realizava o manejo descrito costumava produzir, com expressão interessada e satisfeita um agudo e largo som, que ao meu juízo e ao da mãe não correspondia à uma interjeição, senão que significava uma
“A interpretação do brinquedo ficava assim facilitada. Ele se achava em conexão com a mais importante função de cultura do menino, isto é, com a renúncia ao instinto ( renúncia à satisfação do instinto ) por ele levava a cabo ao permitir, sem resistência alguma, a saída da mãe. O menino elaborava a situação dramatizando a desaparição e o retorno da mãe com os objetos que encontrava ao seu alcance.”
Sigmund Freud formulou plausíveis características do jogo, vejamos à seguir quais foram estas:
a) Se baseia no princípio do prazer.
b) Transformação do passivo em ativo, a criança obtêm o domínio de experiência traumática.
c) Há compulsão à repetição, pelo prazer derivado da própria repetição.
Freud fornece-nos referenciais básicos que permitem entender a natureza e função da atividade lúdica na criança. A noção de inconsciente nos diz que a criança não brinca somente para viver situações satisfatórias, mas também no intuito de elaborar as que lhe foram dolosas ( de dolo: vontade dirigida conscientemente à obtenção de um resultado criminoso ou à assunção { ação de assumir } do risco de produzi-lo. )
Fico aqui a pensar... Freud foi um daqueles seres iluminados que veio ao mundo para dar sentido a muitos fenômenos que estavam ocultos aos olhos de muitos outros pesquisadores.
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